Por influência de seu mestre, Platão carrega em sua filosofia muitos traços do processo dialético. Um de seus textos mais famosos trata sobre a alegoria da caverna e ele também discorre sobre mundo sensível e mundo das ideias. Uma história narrada para ilustrar sua teoria das ideias.

Segundo o texto da alegoria da caverna, o conhecimento verdadeiro é se obtem através das ideias partindo da razão. Quer dizer, tudo o que nós conhecemos sensivelmente, ou seja, através dos sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato) são apenas ilusões pálidas frente ao conhecimento verdadeiro que provém da razão.

Platão diria que o fato de não conseguirmos definir nenhum conceito porque tentamos compreendê-lo através dos sentidos, que são enganosos. Nesse sentido, o verdadeiro conceito só poderia ser obtido através de uma abstração, de uma ideia.

É interessante notar que, enquanto os filósofos naturalistas estavam voltando seus olhares para a natureza observável, esse movimento que começa com Sócrates e Platão, retoma o olhar da filosofia para as próprias ideias do sujeito. Essa ciência que estuda não só o que conhecemos, mas também como é possível conhecer, chama-se epistemologia ou, em linhas gerais, teoria do conhecimento.

Mundo Sensível e Mundo das Ideias de Platão

Na epistemologia platônica nós já nasceríamos com alguns conhecimentos em nossa alma e o exercício da razão faria a ponte entre o mundo sensível e o mundo das ideias.

Nesse sentido, Platão define o mundo sensível pelos pelos sentidos e pelo o imperfeito. Já o mundo das ideias, eterno e perfeito. No mundo sensível, temos apenas reflexos, que não são precisos, das ideias, que representam a verdadeira realidade.

Segundo Platão, o conhecimento legítimo surge da contemplação das ideias, não da experiência sensorial. Ele sugere que a alma já possui conhecimento das ideias antes de existir num corpo, e o aprendizado é o processo de recordar essas ideias por meio da reflexão e do diálogo filosófico.