Émile Durkheim: fato social, teorias e método

O sociólogo francês Émile Durkheim é considerado um dos pais da sociologia contemporânea. Durkheim acompanhou de forma direta o desenvolvimento da era neocolonial africana e asiática e os desdobramentos da Primeira Guerra Mundial. O suicídio Émile Durkheim e os fatos sociais estão entre suas principais ideias.

Sua contribuição para o desenvolvimento da sociologia está diretamente vinculada a perspectiva positivista, de acordo com o pensamento analítico social direcionadas pela matemática e estatística, que estão presentes na maioria de seus trabalhos.

Fatos Sociais

O método de investigação científica que Durkheim propõe se consolidou a partir na análise do que ele chamou de fatos sociais.

Para um cientista holista, o todo é mais importante do que as partes individuais. Durkheim definiu primeiramente os fatos sociais que circundavam toda a comunidade, assim sendo, conseguiria posteriormente entender as ações próprias do indivíduo que se desdobram cotidianamente.

Dessa forma, uma observação direta que é possível verificar é que, partindo desse princípio, o homem é produto do meio no qual ele está inserido.

Principais obras e teorias de Durkheim

A princípio, uma de suas principais obras, intitulada O Suicídio, Émile Durkheim procura compreender as motivações com as quais os indivíduos são compelidos a prática do suicídio.

O suicídio para Durkheim

Durkheim conclui que, todo indivíduo que se suicida, o faz conduzido por motivações de orientação coletiva. Assim sendo, tal ato é uma resposta a diferente formas de pressões sociais que o indivíduo recebe constantemente.

Para Émile Durkheim, o suicídio é um fato social. Nesse sentido, suicídio é uma forma de se responder as diferentes formas de pressões sociais que o indivíduo recebe constantemente.

Para o autor o suicídio é um ato heroico e não uma covardia como a maioria das pessoas pensam. O ser humano capaz de tirar a própria vida, tira de si, a única coisa concreta que a ele pertence seria a própria vida, pois todo resto que se passa ao seu redor é algo relativo.

Para explicar as motivações com as quais os indivíduos são conduzidos ao suicídio, Émile Durkheim constitui três correntes capazes de explicar o motivo de tal ato, seriam as seguintes:

  1. Em primeiro lugar teríamos o suicídio anômico.
  2. Posteriormente teríamos o suicídio altruísta.
  3. E, por fim, teremos o suicídio egoísta.

Suicídio anômico

Acontece quando há uma anomia social, ou seja, uma ausência de regras que gera caos e instabilidade. É possível notar um exemplo disso nos casos de suicídio após a quebra da bolsa de Nova York em 1929.

Suicídio altruísta

Para Émile Durkheim indivíduo seria capaz de cometê-lo em nome do bem-estar de todos aqueles que estão ao seu redor. Seu ego se confunde com algo alheio ao indivíduo, tal como um pai que dá vida em prol do bem-estar dos filhos ou um kamikase que se sacrifica em prol de sua nação.

Suicídio egoísta

O indivíduo se sente alheio à sociedade e, uma vez perdido o vínculo com
o todo, tende a tirar sua própria vida. Exemplo disso são os inúmeros casos de depressão
onde as pessoas se sentem sozinhas e pouco amadas.

Para saber mais sobre o tripé da sociologia (Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim), assista ao vídeo:

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